O termo lixo é comumente descrito como qualquer material sem valor, o qual descartamos ou jogamos fora. Mas é importante entendermos o processo pelo qual o lixo passa, que nem tudo pode ser considerado lixo e que o lixo também tem o seu valor.
Participamos de uma sociedade que possui hábitos consumistas e que produzirá o equivalente a 4 bilhões de toneladas de lixo por ano, segundo previsão da Organização das Nações Unidas – ONU para 2050. Esse número assustador é resultado da geração de resíduos dos últimos trinta anos. E todo esse lixo para onde vai? O montante de lixo produzido é tratado de acordo com as políticas e valores de cada região ou país. No Brasil, a política de destinação do lixo compete a cada Estado, o qual define o espaço adequado para tratamento, profissionalização de funcionários e equipamentos necessários e saneamento básico.
Amparado na Lei 12.305/2010 que rege a coleta seletiva do lixo no país, identificamos os seguintes benefícios: ambientais – aumento da vida útil dos aterros sanitários e o aumento do ciclo de vida das matérias-primas de cada resíduo reaproveitado; sociais – geração de renda e trabalho dos catadores e resgate de sua cidadania; educacional – mudança de hábitos no que diz respeito ao desenvolvimento sustentável; econômicos – redução de gastos com aterramento e limpeza pública e culturais – criação de novas práticas de separação de resíduos. Além das diversas legislações que dissertam sobre o cuidado com o lixo, o Brasil está dentre os quatro países que mais produzem lixo no mundo. Essa informação nos leva a buscar cada vez mais alternativas renováveis para transformar o lixo em riqueza.
Todos nós, cidadãos e governantes, somos responsáveis pela destinação do lixo. O esforço deve ser coletivo e capaz de transformar o lixo em matéria-prima para diversos outros produtos que utilizamos no nosso dia a dia. Esse retro aproveitamento também depende do envolvimento da indústria no sentido de reavaliar a sua cadeia de produção, logística, lucratividade e principalmente o compromisso com o meio ambiente.
O nosso comportamento é parte do aproveitamento do lixo. A coleta e descarte inadequados resulta na contaminação do solo, na poluição do ar e impacta nos recursos naturais. Esse processo deve iniciar-se dentro de casa. Por isso, precisamos entender que existem dois tipos de lixo: recicláveis e orgânicos. Geralmente os recicláveis recebem a cor verde para a sacola ou recipiente de separação e os orgânicos recebem a cor preta ou cinza. Algumas cidades recolhem em dias e horários previamente divulgados na região de forma que não ocorra a mistura dos lixos e por consequência a perda na reciclagem.
O mercado do lixo movimenta bilhões de dólares por ano, além de gerar renda à profissão essencial de uma sociedade consciente, os catadores. Construir uma sociedade limpa e justa só depende de nós! Onde há escassez, há consciência. O que nos falta?
Assessoria de Comunicação – EVIDA