Por qual motivo devemos considerar o uso racional de medicamentos uma prioridade?
Acredito que, em algum momento de sua vida você deve ter escutado a seguinte fala: “Fulano usou este medicamento e foi muito bom. Também vou usar.” Pois bem, o uso racional de medicamentos deve ter início bem aí!
Nunca use medicamentos sem orientações médicas ou farmacêuticas. O que foi eficaz para o outro pode não ser para você.
Apesar de alguma semelhança em relação aos sintomas, o quadro de saúde do outro pode ser bem diferente do seu.
Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), para que haja o uso racional de medicamentos, é preciso em primeiríssimo lugar que seja estabelecida, por um profissional médico ou farmacêutico (dependendo da ocasião) a necessidade do uso do medicamento.
Após o diagnóstico do profissional habilitado, o medicamento deve ser receitado/prescrito de acordo com as necessidades individuais de cada paciente. Uma vez adequadamente prescrito (forma farmacêutica, dose e tempo de tratamento), este deve ser dispensado por profissional habilitado que realizará as orientações necessárias para que finalmente se cumpra o regime terapêutico indicado.
O cenário acima é o ideal. Porém, dados recentes demonstram que as intoxicações por medicamento estão se tornando cada vez mais um problema de saúde pública para o país.
Além do que, o uso irracional de medicamentos pode acabar mascarando diagnósticos de doenças em sua fase inicial, retardando assim a melhora dos sintomas e tirando o foco terapêutico.
Em 2019, os Conselhos Federal e Regional de Farmácia promoveram a Campanha “Saúde não é Jogo”, onde constatamos a importância do profissional e educador farmacêutico e a conscientização do uso racional de medicamentos. Portanto, sempre que necessário, procure por um profissional farmacêutico para se informar, orientar e aconselhar corretamente.
Afinal, saúde não é um jogo!
Braiton Meireles de Freitas CRF-DF: 3703 – Farmacêutico Generalista, Especialista em Farmacologia Clínica e Clínica em Oncologia e Mestrando em Direção Estratégica de Organizações de Saúde.