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Falar de lavar as mãos ou lambuzá-las de álcool em 2021 soa, como nunca, chover no molhado. Mas como não retornar ao óbvio? “A segunda onda” é como tem sido denominado o crescimento das curvas de transmissão, no Brasil e no mundo. Além da conhecida disseminação por gotículas contaminadas de secreções da orofaringe, é possível a transmissão por aerossóis, pelo contato com superfícies contaminadas (até então, acredita-se que o vírus possa sobreviver por 72 horas no meio) e via fecal-oral.  

Repassadas as medidas de prevenção do contágio, faz-se importante visar à minimização da gravidade dos pacientes já infectados. Diferentes trabalhos associam as chances de hospitalização, gravidade e morte por Covid-19 aos índices glicêmicos. Ter as glicemias no alvo tornou-se ainda mais importante, além de mais difícil diante das rotinas interrompidas, da redução da atividade física e externa, da piora dos hábitos alimentares e do adiamento de consultas e acesso ao tratamento. Uma revisão de literatura realizada por Barone e seus colaboradores2 sugere que a crise de saúde global poderia ter sido contida, se não evitada, por medidas de proteção dos grupos de alto risco em tempo hábil. A panorâmica explorou erros e acertos de diferentes países em resposta à pandemia. Em locais onde cuidados precoces foram adotados, principalmente de pronto ajuste, como oferecer saúde para idosos, diabéticos e demais portadores de condições crônicas, a crise mostrou-se menos grave. 

Estudos trazem com clareza o impacto de desastres naturais sobre a saúde mental.  Ao comparar os piores meses de 2019 com maio de 2020, não houve aumento de prevalência de estresse grave. Entretanto, ficou clara a ocorrência de estresse psicológico em pacientes com maior vulnerabilidade social e econômica, e aqueles com questões prévias de saúde mental.   

No caso dos grupos de risco, estratégias adicionais às medidas de higiene respiratória e de seu cuidado individual precisavam ser planejadas para, prioritariamente, garantir o acesso continuado a serviços de saúde e a manutenção de um estilo de vida saudável. A telemedicina foi implementada com sucesso, abrangendo consultas, prescrições, atendimento domiciliar, educação digital e entregas. 

As parcerias com tom solidário e solícito entre os setores público, privado e filantropo foram alternativas importantes de disseminação de melhorias. O protagonismo da equipe multidisciplinar e o caráter tão necessário da humanização da relação do profissional e do paciente, reconfirmaram-se. E por fim, a necessidade de disseminar informações e o rigor sobre sua qualidade ocupou as conversas e principais meios midiáticos. 

Seguiremos nos surpreendendo enquanto não pusermos em prática medidas simples, mesmo que já estejamos fartos de saber. Que a saúde estampe jornais e nossas preocupações como deve, não só na pandemia. Discutamos saúde mental e preventiva. Preservemos e priorizemos nossos grupos de risco e familiares. Que nossos aprendizados nos levem adiante, com a distância física necessária, mas com ideias próximas, para enfim, deixarmos as máscaras e o álcool de lado. 

Drª Yvna – CRO 28139 – Médica na Força Aérea Brasileira – formada pela UNB.

Referências: 

  1. Ong SW, Tan YK, Chia PY, Lee TH, Ng OT, Wong MS, Marimuthu K. Air, Surface Environmental, and Personal Protective Equipment Contamination by Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 (SARS-CoV-2) From a Symptomatic Patient. JAMA Netw Open 2020.  
  1. Barone MTU et al. Covid-19 associated with diabetes and other noncommunicable diseases led to a global health crisis. Diabetes Research and Clinical Practice. 2020 Dec 9;171:108587. doi: 10.1016/j.diabres.2020.108587
  1. Breslau J, Finucane ML, Locker AR, Baird MD, Roth EA, Collins RL, A longitudinal study of psychological distress in the United States before and during the Covid-19 pandemic. Preventive Medicine. 2020;106362. doi: 1016/j.ypmed.2020.106362. 
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