
Redução das Desigualdades – Objeto da ONU

A desigualdade é responsável por diversos fatores negativos que acontecem na sociedade atual. Diante disso, tem causado insatisfação, bem como a incerteza em relação à própria posição na sociedade tornando dependente da sua origem familiar. A injustiça, violência, conflitos, como também segregação tem sido alguns dos sentimentos gerados na sociedade desassistida. Significativamente a desigualdade não é um problema somente do Brasil, mas se tornou uma temática de preocupação em nível global. Segundo dados da AGENDA 2030, o mundo no atual momento passa pelo o período de desigualdade de tamanha proporção, não vivenciada desde 1940.
Relatório do Desenvolvimento Humano publicado em 2020 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) aponta que o Brasil ocupa a oitava posição no ranking entre os países desiguais, embora o Brasil tem esse percentual considerado elevado dados mostram que o índice de Desenvolvimento Humano é considerado alto (IDH), ocupando a posição 84º retrocedendo 5 posições em relação a 2016. Assim alguns dos motivos que estão à frente para a composição do IDH são: expectativa de vida, anos de escolaridade, como também o Produto Interno Bruto (PIB).
Por meio da igualdade é possível dar um pontapé inicial para a construção de um mundo mais pacífico, próspero e sustentável. Combater todos os tipos de discriminações na sociedade torna-se de tamanha importância para a promoção da redução das desigualdades. É interessante esclarecer que para o combate da desigualdade social, é necessária uma ampla inclusão social, econômica e política, dando ouvidos e espaços para debate a todos os grupos, independente de gênero, etnia, religião, condição econômica, entre outros.
Uma sociedade justa só pode ser alcançada quando esta entende que nem todos possuem as mesmas condições, assim, é essencial compreender as diferenças sociais e pessoais para sermos capazes de contemplar as necessidades de todos.
Segundo um estudo do Ipea, o Brasil está entre os dez países mais desiguais do mundo, e no ranking da desigualdade do Banco Mundial, é o segundo país com maior concentração de renda. Tal fato se faz nítido quando temos uma pequena parcela da população com boas condições, acesso a saúde e educação de qualidade, enquanto uma grande parcela não tem acesso a direitos básicos, como educação, saúde, saneamento, entre outros, problema que agravou com a pandemia, com um aumento de 12 milhões de desempregados, segundo o IBGE, e consequentemente, o Brasil voltou ao Mapa da Fome em 2021.
Em países onde a desigualdade social é altamente perceptível, como o Brasil, é preciso garantir que todos tenham as mesmas oportunidades, através de políticas públicas que dêem espaço de proteção e crescimento social. Vivemos em uma sociedade que se torna cada vez mais plural, com múltiplas culturas e diversidade, na qual a intolerância e a ideia de “lugares socialmente estabelecidos” já não cabem mais. A busca por uma sociedade justa e pacífica se dá a partir do momento em que apoiamos os desiguais de nós. Qualidade de vida e o direito de ir e vir, são esses os princípios que, quando alcançados, alcançamos também a igualdade.
Tiago Borges Leal – Estagiário da Gerência de Desenvolvimento Humano
Letícia Sousa Alves – Estagiária da Assessoria de Comunicação
Vitória de Oliveira Fernandes do Carmo – Estagiária da Assessoria de Comunicação